O Repórter

China pede que ONU revogue sanções contra Coreia do Norte

Por Redação...
12 de junho de 2018 às 13:32
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SINGAPURA (ANSA) - Poucas horas após o histórico encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Cingapura, já começam a aparecer as primeiras reações da comunidade internacional.

A China elogiou a reunião e disse que ela tem um "importante e positivo significado, iniciando uma nova história" entre os dois países. O comentário foi feito pelo ministro das Relações Exteriores de Pequim, Wang Yi, que, no entanto, pediu que Estados Unidos e Coreia do Norte resolvam todos os seus problemas com "conversas paritárias" e estabeleçam "uma confiança recíproca".

Já o porta-voz do Ministério, Gang Shuang, solicitou que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) considere a possibilidade de suspender ou revogar as sanções internacionais contra a Coreia do Norte por seus testes nucleares.

"As sanções não são a conclusão. Nós acreditamos que o Conselho de Segurança deve se esforçar para apoiar os passos diplomáticos da fase atual [de negociações]', afirmou.

A Rússia, por sua vez, manteve uma distância maior. Moscou elogiou a reunião entre Trump e Kim, mas demonstrou certa desconfiança.

"Não podemos deixar de acolher de maneira positiva os passos feitos hoje, apesar do diabo estar nos detalhes", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov.

A Índia também elogiou a reunião, considerando-a um "passo importante para a paz e para a estabilidade na península coreana". "A Índia sempre apoiou todos os esforços para levar paz e estabilidade à península coreana através do diálogo e da diplomacia", comentou o governo em uma nota oficial.

A Coreia do Sul, que até poucos meses atrás era uma adversária política da vizinha do Norte, disse que a reunião de hoje é "histórica", capaz de encerrar o último capítulo da Guerra Fria e de escrever uma nova história de paz e cooperação.

"Cumprimento e recebo com felicidade o sucesso da histórica cúpula entre EUA e Coreia do Norte", disse o presidente Moon Jae-in.

O presidente dos EUA e o líder da Coreia do Norte tiveram hoje (12) uma reunião em Cingapura, pela primeira vez na história.

Kim concordou em abrir mão do seu plano nuclear, em troca de apoio de Washington no setor de segurança. A reunião também pode abrir caminho para a paz na península coreana, já que Seul sempre foi aliada dos EUA e os exercícios militares com Washington provocavam tesões com Pyongyang.

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