O Repórter

Operação Cartoon na Baixada Fluminense cumpre seis mandados de prisão preventiva

Por Redação...
16 de abril de 2018 às 17:27
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RIO (Agência Brasil) - Seis pessoas foram presas e um menor apreendido na Operação Cartoon, realizada hoje (16) pela manhã, para combate ao tráfico de drogas em Imbariê, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, além do cumprimento de 19 mandados de prisão preventiva. A operação da Polícia Civil foi desenvolvida a partir de investigação sobre a atuação do tráfico na comunidade de Nova Campina, na Baixada Fluminense.

A associação criminosa tem como principal abastecedor de drogas e armas a comunidade da Vila Kennedy, na zona oeste, escolhida pelas forças federais de segurança como modelo de policiamento a ser implantado durante a intervenção na área de segurança do Rio de Janeiro.

De acordo com a Polícia Civil, essa conexão com criminosos da Vila Kennedy traz como consequência a atuação do grupo criminoso nos crimes de roubo e receptação de cargas. A atuação dos traficantes de drogas se estende a outras cinco regiões: Complexo do Gás; Ilha; Cantão; Sem Terra e Barro Branco. Os criminosos, de acordo com a polícia, agem muitas vezes em locais próximos de escolas, o que agrava a potencialidade lesiva das ações desempenhados pelo grupo.

O líder do tráfico de drogas em Imbariê é Marcelo Araújo, o Crocante, que não foi preso na ação. Ele é considerado foragido da Justiça e responde a vários inquéritos policiais por tráfico, roubo e receptação de cargas.

Saída da tropa

Os militares que fazem patrulhamento diário na Vila Kennedy, na zona oeste do Rio. deverão deixar a comunidade no prazo de duas a três semanas. A informação foi divulgada hoje (20) pelo porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), coronel Carlos Cinelli.

Mesmo antes da realização dos patrulhamentos diários, os militares vinham fazendo, desde 23 de fevereiro, ações rotineiras de remoção de barricadas e de cerco à comunidade. “Vamos retirar os efetivos da Vila Kennedy para que a Polícia Militar possa, efetivamente, assumir o patrulhamento da comunidade”, disse o coronel.

Segundo Cinelli, a ocupação da Vila Kennedy está servindo para que o Gabinete da Intervenção Federal colha lições e para que o processo seja aprimorado ao longo da intervenção.

Neste domingo (15) à noite, uma escola municipal na comunidade foi invadida e uma das salas foi pintada com a inscrição "CV", em alusão à facção criminosa Comando Vermelho. A fachada de um espaço de desenvolvimento infantil também foi depredada.

O patrulhamento ostensivo e repressivo na Vila Kennedy vem sendo feito durante o dia pelas Forças Armadas e no período noturno pela Polícia Militar, com efetivo do batalhão de Bangu e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região.

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