O Repórter

Roberto Carlos, Gilberto Gil e Erasmo Carlos negam que estejam defendendo censura prévia à biografias

Por Redação...
30 de outubro de 2013 às 20:09
Atualizada em 30 de outubro de 2013 às 15:47
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RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER) - Os cantores Erasmo Carlos, Gilberto Gil e Roberto Carlos se pronunciaram a respeito das biografias não-autorizadas. Os artistas gravaram um vídeo reforçando que são contra a censura, mas reivindicaram o direito à privacidade.

"Nunca quisemos exercer qualquer censura, ao contrário, o exercício do direito a intimidade é um fortalecimento do direito coletivo. Só existiremos enquanto sociedade, se existirmos enquanto pessoa", disse Gil. "Queremos, sim, garantias contra os ataques, os excessos, as mentiras, os insultos, os aproveitadores", continuou.

A polêmica sobre biografias surgiu após a discussão sobre um projeto de lei que tramita no Congresso que derruba a necessidade de autorização prévia para a publicação de biografias. Além disso, a Associação Nacional dos Editores de Livros questiona no Supremo Tribunal Federal vários artigos do Código Civil, incluindo o que afirma que é necessário autorização para o uso da imagem de alguém.

Erasmo Carlos manifestou que é contrário à censura. O artista ainda disse ser contra a necessidade de uma autorização prévia para que se fale sobre alguém.

"Se nos sentirmos ultrajados, temos o dever de buscar nossos direitos, sem censura prévia, sem a necessidade de que se autorize por escrito quem quer falar de quem quer que seja", opinou o cantor, que também defendeu o direito a intimidade. "Queremos e não abro mão do direito a privacidade e a intimidade. A nossa e a dos que podem sofrer por estarem ligados a nós", completou.

Roberto Carlos espera que haja um jeito de conciliar a liberdade de expressão e o direito à privacidade: "Confiamos que o poder judiciário há de encontrar uma maneira de conciliar o direito constitucional à privacidade com o direito fundamental de informação", disse.

No ano de 2007, Roberto Carlos entrou na Justiça contra a editora Planeta e o jornalista Paulo César de Araújo por causa do livro "Roberto Carlos em Detalhes". A editora retirou a biografia não-autorizada do cantor das lojas.

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