RIO - A Mocidade Independente de Padre Miguel abriu a última noite de desfiles do Grupo Especial. O “Voando para o Futuro. Não há Limites para Sonhar” foi desenvolvido por Renato Lage e Márcia Lage (in memorian). A verde e branco aposta na temática futurista, abordando a ciência e a tecnologia, bem ao estilo de Renato Lage, multicampeão com a escola da Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

A comissão de frente abordou o impacto da inteligência artificial. A escola dispensou o uso de um grande elemento alegórico para  colocar os integrantes para criar um robô que dá tchau na Avenida.

A escola passou pelos mistérios do céu com alas representando os corpos celestes, introduzindo também a ficção científica. O enredo também embrou de Ziriguidum 2001, enredo campeão do carnaval de 1985 desenvolvido por Fernando Pinto. Assim, a escola chega ao carro que representa a obra “Guerra dos Mundos”.

A verde e branco refletiu sobre o passado e o futuro, inspirando-se nas aminações “Flintstones” e “Jetsons”, ambas produzidas pelos estúdios Hanna-Barbera. O desfile passou por robôs e games, chegando a uma reflexão sobre o homem moderno. De acordo com a concepção da escola, a busca da perfeição pode ameaçar a humanidade e o planeta.

Ao fim do desfile, uma homenagem à carnavalesca Márcia Lage, que morreu às vésperas do carnaval vítima de leucemia, com bandeirantes trazendo o rosto da carnavalesca. Antes, o intérprete Zé Paulo veio com um boné com o nome de Márcia. Já o carnavalesco Renato Lage esteve com uma camisa com o rosto da profissional.

Com a retomada do estilo hi-tech, a Mocidade Independente de Padre Miguel tenta surpreender no Grupo Especial. A verde e branco não aparece em um desfile das campeãs desde 2020 e seu título mais recente foi em 2017.