O Repórter

Apesar de derrota, Laschet diz que pode formar governo

Indicado da CDU disse que não descarta nenhuma possibilidade

Por OREPORTER.COM
27 de setembro de 2021 às 10:39
Atualizada em 27 de setembro de 2021 às 10:41
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EPA
Laschet disse que não exclui nenhuma possibilidade de formação de governo
Laschet disse que não exclui nenhuma possibilidade de formação de governo

BERLIM (ANSA) - Apesar de admitir o resultado "insatisfatório" das eleições na Alemanha, o representante da União Democrata-Cristã (CDU), Armin Laschet, não descartou formar ou participar de um novo governo nesta segunda-feira (27).

"O chanceler é quem tem a maioria do Bundestag consigo. Nós concordamos sobre o fato de estarmos à disposição para as conversas com a chamada 'Jamaica'. Mas, não excluo nada", disse Laschet referindo-se a uma das possíveis coalizões de governo.

Nas últimas semanas, a mídia alemã fez alguns arranjos de como poderia ser o novo governo, justamente, pelo que se viu neste domingo (26): nenhuma sigla com maioria absoluta no Parlamento.

Os vencedores do Partido Social-Democrata (SPD) obtiveram 25,7% dos votos, o que equivale a 206 das 735 cadeiras do Bundestag; a CDU ficou com 24,1% (196 assentos); Os Verdes somaram 14,8% (118 assentos); o Partido Democrático Liberal (FDP) obteve 11,5% (92 assentos).

Nas composições especuladas, que têm como base as cores dos partidos, estão: a "Semáforo", que contaria com a União do SPD (vermelho), do FDP (amarelo) e dos Verdes, que foi a primeira anunciada pelo indicado dos sociais-democratas Olaf Scholz; a "Jamaica", que juntaria a CDU (preto), FDP e os Verdes; a "Quênia", com CDU, SPD e Verdes; a "Alemanha" com CDU, SPD e FDP; e a "Vermelho-Vermelho-Verde", com SPD, Linke (Esquerda) e Verdes.

Questionado sobre se há algum positivo nos resultados deste domingo, Laschet afirmou que "não há discussão: esse resultado não pode satisfazer a União".

"Nós evitamos o perigo da Vermelho-Vermelho-Verde, mas tivemos perdas dolorosas. Não fizemos o suficiente para o primeiro lugar. A minha felicitação vai para o partido que teve o maior apoio, eu sei que tenho minha cota pessoal nesse resultado eleitoral", acrescentou.

Durante a coletiva, Laschet foi questionado se há a possibilidade de repetição da chamada "Grande Coalizão", que é a união dos conservadores com o SPD e que vem sendo mantida no país desde 2013, mas com a liderança de Merkel. O representante afirmou que isso pode acontecer, "mas não está na ordem do dia atualmente" e "não é prioridade".

A CDU, que venceu as últimas quatro eleições, teve o pior resultado de sua história no pleito de 2021. Foram quase nove pontos percentuais a menos do que o obtido em 2017.

No entanto, como as margens de vantagens estão muito pequenas, as negociações para formar um novo governo podem se arrastar por semanas ou meses.

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