O Repórter

Áustria impõe lockdown para todos e vacinação obrigatória

País vive explosão nos casos de Covid-19

Por OREPORTER.COM
19 de novembro de 2021 às 11:36
Atualizada em 19 de novembro de 2021 às 11:37
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EPA
Lockdown na Áustria entra em vigor em 22 de novembro
Lockdown na Áustria entra em vigor em 22 de novembro

BOLZANO (ANSA) - A Áustria vai impor um lockdown generalizado e tornar a vacinação obrigatória para conter a explosão nos casos de Covid-19.

As duas medidas foram anunciadas pelo chanceler Alexander Schallenberg nesta sexta-feira (19), apenas quatro dias depois da entrada em vigor do confinamento para a população não vacinada.

O lockdown para todos começa na próxima segunda (22) e será reavaliado depois de 10 dias, enquanto a vacinação se tornará obrigatória a partir de 1º de fevereiro de 2022. Dessa forma, as pessoas só poderão sair de casa por motivos essenciais, como comprar itens de primeira necessidade ou se exercitar.

"Apesar de meses de persuasão, não fomos bem sucedidos em convencer um número suficiente de pessoas a se vacinar", disse Schallenberg em uma coletiva de imprensa.

"Existem muitas forças políticas que vão contra nós", acrescentou o chanceler, falando em um "ataque ao sistema sanitário". De acordo com o portal Our World in Data, a Áustria tem 63,88% de sua população totalmente vacinada contra a Covid-19, cifra inferior à média da União Europeia (66,49%).

Já o governador do estado do Tirol, Gunther Platter, afirmou que a obrigatoriedade é a única maneira de tirar o país desse "ciclo vicioso". Na última quinta (18), dois estados austríacos, Alta Áustria e Salzburg, já haviam anunciado um lockdown generalizado.

O país contabiliza pouco mais de 1 milhão de casos de Covid-19 desde o início da pandemia, porém mais de 223 mil foram registrados apenas nos últimos 28 dias, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

Além disso, a Áustria bateu recorde de infecções na última quinta, com 15,1 mil. Entre 8 e 14 de novembro, o país teve 204 mortes, maior número semanal desde meados de abril - são 11,9 mil óbitos desde o começo da crise sanitária.

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