O Repórter

Bolsonaro volta a defender tratamento precoce contra Covid-19 na ONU

Por OREPORTER.COM
21 de setembro de 2021 às 11:14
Atualizada em 21 de setembro de 2021 às 11:23
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reprodução / redes sociais

NOVA YORK (OREPORTER.COM) - Em discurso nesta terça-feira (21), na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce da Covid-19, mesmo tendo conhecimento de que o uso de remédios de prevenção da Covid-19 já foi amplamente descartado pela ciência.

“Eu mesmo fui um dos que fizeram tratamento preventivo contra Covid. Não entendemos porque outros países com apoio da mídia se colocaram contra tratamento inicial.”, disse.

O presidente brasileiro ainda se posicionou contrariamente ao passaporte sanitário da vacina, exigido em estados brasileiros e alguns países do mundo, entre eles nos Estados Unidos, onde Bolsonaro participa do encontro.

O próprio Ministério da Saúde admitiu em julho passado, em documentos enviados à CPI da Covid, que medicamentos que compõem o chamado "kit covid", amplamente defendidos por Jair Bolsonaro, são ineficazes contra o vírus.

"Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população", relatava o documento.

Além da compra de remédios sem eficácia para a covid-19, a CPI também investiga a existência de um gabinete paralelo influenciando as medidas tomadas pelo governo na pandemia. O atraso na compra de vacinas e o favorecimento a laboratórios são outros temas discutidos na Comissão.

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