O Repórter

Copa América chega à fase semifinal sem um goleador de destaque

Por Rafael Max
01 de julho de 2019 às 23:15
Atualizada em 24 de maio de 2020 às 20:20
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João Gama/OReporter.com
Lautaro Martínez foi um dos poucos que marcaram durante as quartas de final da Copa América
Lautaro Martínez foi um dos poucos que marcaram durante as quartas de final da Copa América

RIO (OREPORTER.COM) - As semifinais da Copa América começam nesta terça-feira (2), mas a competição chega numa fase decisiva sem que um destaque individual no ataque tenha surgido. A disputa pela artilharia tem dez jogadores, todos com dois gols cada, sendo que a alteração mais relevante foi a entrada de Lautaro Martínez, da Argentina, que marcou um dos gols na vitória contra a Venezuela por 2 a 0 nas quartas de final - todos os outros duelos dessa fase terminaram em 0 a 0, sendo decididos nos pênaltis.

Estão no topo da artilharia os seguintes jogadores: Suárez (Uruguai), Miyoshi (Japão), Sánchez (Chile), Zapata (Colômbia), Vargas (Chile), Cavani (Uruguai), Machís (Venezuela), Philippe Coutinho (Brasil) e Everton (Brasil). Vale lembrar também que as semifinais serão compostas por Brasil, Argentina, Peru e Chile, o que tiram os jogadores de outras seleções da briga pelo posto.

Todas as quatro seleções têm dois jogos para voltar a balançar as redes (além da final, há a disputa pelo terceiro lugar). Se o faro de gol das equipes não mudar muito, pode representar o pior desempenho de artilharia individual desde 1983, quando o posto ficou dividido entre quatro jogadores: Roberto Dinamite (Brasil), Burruchaga (Argentina), Aguilera (Uruguai) e Eduardo Malásquez (Peru), com três gols cada.

Sem brilho

E ainda há nomes que ainda não tiveram uma atuação destacada na competição. Lionel Messi, da Argentina, fez apenas um gol durante a campanha da Argentina na Copa América. A mesma quantidade de Paolo Guerrero, principal estrela do Peru.

No Chile, Alexis Sánchez sequer marcou na competição. O mesmo pode se dizer de Gabriel Jesus, do Brasil, que segue zerado até o momento. 

A melhor tática é a defesa?

Há quem aposte na postura defensiva como grande trunfo. O Brasil ainda não levou gols e vem se destacando com as atuações do goleiro Alisson, responsável por levar o time verde e amarelo à semifinal. Curiosamente, o time comandado por Tite vai enfrentar a Argentina, única equipe que produziu gols nas quartas de final.

Mas nem sempre se defender é a solução, pois o mata-mata não perdoa. Foi o caso da Colômbia, que não sofreu gols na primeira fase, mas acabou caindo diante do Chile nos penais. Os rojos ainda contam com a produção ofensiva de Eduardo Vargas, artilheiro da edição de 2016, e terão pela frente o Peru na próxima fase. A equipe blanquirroja chegou a demonstrar fragilidade contra o Brasil (derrota por 5 a 0), só que o time garantiu a classificação contra o Uruguai nos pênaltis durante as quartas de final.

O VAR não perdoa

Mas a carência de gols também tem uma "culpa" do VAR. O mecanismo do árbitro de vídeo vem frustrando quem gosta de estar "na banheira". Foram sete gols anulados até agora através desse recurso.

Nas quartas de final, o Chile teve dois tentos anulados pelo VAR, mas conseguiu avançar diante da Colômbia. Já o Uruguai não teve a mesma sorte, pois os três gols não foram validados pelo recurso - todas as anulações já haviam sido atestadas pelos auxiliares de campo.

Semifinais

Terça, 2 de julho 

Brasil X Uruguai - às 21h30 - Mineirão

Quarta, 3 de julho

Chile X Peru - às 21h30 - Arena do Grêmio

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