RIO (OREPORTER.COM) - As semifinais da Copa América começam nesta terça-feira (2), mas a competição chega numa fase decisiva sem que um destaque individual no ataque tenha surgido. A disputa pela artilharia tem dez jogadores, todos com dois gols cada, sendo que a alteração mais relevante foi a entrada de Lautaro Martínez, da Argentina, que marcou um dos gols na vitória contra a Venezuela por 2 a 0 nas quartas de final - todos os outros duelos dessa fase terminaram em 0 a 0, sendo decididos nos pênaltis.
Estão no topo da artilharia os seguintes jogadores: Suárez (Uruguai), Miyoshi (Japão), Sánchez (Chile), Zapata (Colômbia), Vargas (Chile), Cavani (Uruguai), Machís (Venezuela), Philippe Coutinho (Brasil) e Everton (Brasil). Vale lembrar também que as semifinais serão compostas por Brasil, Argentina, Peru e Chile, o que tiram os jogadores de outras seleções da briga pelo posto.
Todas as quatro seleções têm dois jogos para voltar a balançar as redes (além da final, há a disputa pelo terceiro lugar). Se o faro de gol das equipes não mudar muito, pode representar o pior desempenho de artilharia individual desde 1983, quando o posto ficou dividido entre quatro jogadores: Roberto Dinamite (Brasil), Burruchaga (Argentina), Aguilera (Uruguai) e Eduardo Malásquez (Peru), com três gols cada.
E ainda há nomes que ainda não tiveram uma atuação destacada na competição. Lionel Messi, da Argentina, fez apenas um gol durante a campanha da Argentina na Copa América. A mesma quantidade de Paolo Guerrero, principal estrela do Peru.
No Chile, Alexis Sánchez sequer marcou na competição. O mesmo pode se dizer de Gabriel Jesus, do Brasil, que segue zerado até o momento.
Há quem aposte na postura defensiva como grande trunfo. O Brasil ainda não levou gols e vem se destacando com as atuações do goleiro Alisson, responsável por levar o time verde e amarelo à semifinal. Curiosamente, o time comandado por Tite vai enfrentar a Argentina, única equipe que produziu gols nas quartas de final.
Mas nem sempre se defender é a solução, pois o mata-mata não perdoa. Foi o caso da Colômbia, que não sofreu gols na primeira fase, mas acabou caindo diante do Chile nos penais. Os rojos ainda contam com a produção ofensiva de Eduardo Vargas, artilheiro da edição de 2016, e terão pela frente o Peru na próxima fase. A equipe blanquirroja chegou a demonstrar fragilidade contra o Brasil (derrota por 5 a 0), só que o time garantiu a classificação contra o Uruguai nos pênaltis durante as quartas de final.
Mas a carência de gols também tem uma "culpa" do VAR. O mecanismo do árbitro de vídeo vem frustrando quem gosta de estar "na banheira". Foram sete gols anulados até agora através desse recurso.
Nas quartas de final, o Chile teve dois tentos anulados pelo VAR, mas conseguiu avançar diante da Colômbia. Já o Uruguai não teve a mesma sorte, pois os três gols não foram validados pelo recurso - todas as anulações já haviam sido atestadas pelos auxiliares de campo.
Terça, 2 de julho
Brasil X Uruguai - às 21h30 - Mineirão
Quarta, 3 de julho
Chile X Peru - às 21h30 - Arena do Grêmio