O Repórter

Copa América tem início no Brasil com missão de ser a maior de todos os tempos

Por Rafael Max
14 de junho de 2019 às 11:00
Atualizada em 14 de junho de 2019 às 17:11
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Alex Ferro / COL Copa América Brasil 2019
Léo Santana, o mascote Zizito, Karol G e Cafu no gramado do Morumbi, palco da abertura da competição
Léo Santana, o mascote Zizito, Karol G e Cafu no gramado do Morumbi, palco da abertura da competição

RIO (OREPORTER.COM) - Vai começar a "Copa das Copas". Parece o anúncio da Copa do Mundo de 2014, mas estamos em 2019 e não se trata da competição mundial. A Copa América tem início nesta sexta-feira (14) e o objetivo dos organizadores é claro: fazer a maior edição de todas. Celeiro de grandes estrelas, a  América do Sul tenta fazer uma disputa à altura de sua grandeza dentro e fora do jogo.

Existente desde 1916, a Copa América é a competição de seleções mais antiga do mundo. No entanto, a disputa carecia de um bom trabalho de promoção, além de ser, às vezes, ser negligenciada pelas próprias seleções. Tanto que o Brasil já chegou a enviar times alternativos para a disputa sul-americana - curiosamente vencendo nas duas últimas vezes em que fez isso: em 2004 e em 2007.

Outro problema era a periodicidade irregular da competição. A Copa América já foi anual, bienal e já chegou a ficar oito anos sem ser realizada (de 1967 a 1975). Atualmente é realizada a cada quatro anos, mas uma edição intercalar foi promovida em 2016 para comemorar o centenário da competição. Ainda será realizada mais uma edição no ano que vem para que a competição seja realizada a cada quatro anos em paralelo com a Eurocopa.

A Copa América de 2019 é mais um capítulo da mudança de gestão da Conmebol, desde a entrada de Alejandro Dominguez no comando da entidade. A "Nova Conmebol" já dá às caras na Libertadores da América, que ganhou nova fórmula de disputa e promoveu mudanças no formato das transmissões para a TV, além de a entidade prometer maior transparência nas premiações. 

Para isso, não basta apenas ser uma competição para preencher calendário. Nas palavras do próprio presidente da entidade, o ojetivo é mostrar que a América do Sul não é um lugar limitado a ser apenas um exportador de grandes talentos. 

"Esta será a melhor Copa América da história, mostraremos ao mundo que somos muito mais do que a melhor sementeira de talento mundial. Somos também palco de grandes eventos, e representamos uma forma única de viver de futebol, um esporte que representa nossa paixão", disse o presidente da Conmebol em coletiva de imprensa.

Para este ano, a competição apresenta as seguintes novidades:  maiores prêmios para as seleções participantes, implementação do sistema VAR em todas as partidas da competição e maior coordenação entre as autoridades de segurança dos países.

Grande festa

Os organizadores da Copa América prometem uma grande festa para esta sexta-feira (14), data da abertura da competição. Brasil e Bolívia se enfrentam às 21h30, no Morumbi, mas logo antes haverá uma cerimônia para abrir os trabalhos da competição. Segundo o Comitê Organizador da Copa América, o espetáculo terá 400 pessoas em cena, mais de 100 músicos e tecnologia com LED e virtual.

“Posso dizer que será uma energia que explodirá e sairá do estádio. Vai ser incrível para quem vai assistir de casa e, mais ainda, para quem estará aqui dentro, assistindo ao vivo", disse Edson Edermann, diretor artístico da Cerimônia de Abertura.  

A cerimônia promete fazer uma grande celebração dos povos sul-americanos. O lema  "Vibra Continente" ganhou uma animada canção com vozes em português e em espanhol, através de Léo Santana e da colombiana Karol G. E o clipe oficial foi gravado no Maracanã, palco da final da competição.

Bola rolando

O Brasil encabeça o grupo A, mas virá desfalcado de seu principal nome. Neymar acabou cortado ao se lesionar durante um amistoso contra o Qatar, se tornando a principal ausência da Copa América. Sem o atacante do PSG, a linha de frente deverá ser composta por Firmino, Richarlison e David Neres. Bolívia, Venezuela e Peru, do atacante Guerrero, completam a chave.

No grupo B está a Argentina, que traz o sempre temido Lionel Messi. Embora não tenha levado o Barcelona à final da Liga dos Campeões da Europa, o atacante de 31 anos ainda coleciona boas atuações e segue como o principal destaque dos albicelestes. O principal oponente deverá ser a Colômbia, que traz nomes conhecidos como Falcao García, James Rodríguez e Juan Cuadrado, lém de Gustavo Cuéllar, volante do Flamengo. Paraguai e o convidado Qatar também integram o grupo.

O Uruguai abre o grupo C, trazendo o goleador Luiz Suárez, do Barcelona, como seu principal nome. Outro jogador conhecido dos brasileiros é Arrascaeta, meia do Flamengo. O grande concorrente da celeste é o Chile, atual campeão continental, que aposta no faro de gol de Eduardo Vargas para chegar ao terceiro título seguido. Equador e o convidado Japão também integram o grupo.

As 26 partidas estarão distribuídas em seis estádios de cidades-sede: Estádio Mineirão (Belo Horizonte), Arena do Grêmio (Porto Alegre), Estádio do Maracanã (Rio de Janeiro), Arena Fonte Nova (Salvador), Arena Corinthians e Estádio Morumbi (os dois em São Paulo). 

Acompanhe o clipe de Léo Santana e Karol G: "Vibra Continente":

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