O Repórter

Copacabana Palace fecha as portas temporariamente devido à pandemia

Por Redação...
10 de abril de 2020 às 09:38
Atualizada em 10 de abril de 2020 às 09:39
Compartilhe a notícia:
Fabio Pozzebom/Agência Brasil

RIO (Agência Brasil) - O Hotel Copacabana Palace vai fechar temporariamente, a partir de amanhã (10), devido à pandemia da covid-19, que já fechou 60 hotéis do Rio de Janeiro, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ).  A decisão do grupo inglês Belmond do Brasil, tem como principal foco proteger os 550 funcionários e também os hóspedes da infecção pelo novo coronavírus.

Os últimos hóspedes deixaram o hotel na última segunda-feira (6). De acordo com a diretora-geral do grupo, Andrea Natal, a ocupação em março dos mais de 225 apartamentos e suítes caiu para 36%, quando a expectativa para o mês era de uma ocupação de 70%. Apenas Andrea permanece morando no hotel e o cantor Jorge Ben Jor, que desde 2018 reside no Copa. 

A previsão para reabertura do Copacabana Palace, um verdadeiro ícone da história da hotelaria do Rio de Janeiro é o mês de maio. Nesse período, 50 funcionários vão trabalhar na manutenção das instalações do prédio.

História

O Hotel Copacabana Palace foi construído pelos empresários Octavio Guinle  e Francisco Castro Silva entre os anos de 1919 e 1923, atendendo a um pedido do então presidente Epitácio Pessoa, que desejava um grande hotel de turismo na então capital do país. Em compensação, o governo federal concederia incentivos fiscais, assim como a licença para que nele funcionasse um cassino, uma exigência do empresário. 

Epitácio Pessoa queria que o hotel fosse inaugurado em 1922, com a finalidade de  ajudar a hospedar o grande número de visitantes esperados para a grande Exposição do Centenário da Independência do Brasil, um evento de dimensões internacionais. No entanto, o hotel só foi inaugurado, no dia 13 de agosto de 1923, devido a dificuldades na importação de mármores de Carrara, da Itália e cristais tchecos e na execução das suas fundações, além da falta de experiência no país para tal confecção e a um fenômeno da natureza, uma ressaca do mar, que destruiu a Avenida Atlântica, em 1922, causando danos ao hall do hotel.

Venda

Em 1989, a família Guinle, representada por José Eduardo Guinle, vendeu para o grupo inglês Orient Express, o Copacabana Palace, que passou a se chamar Belmond Copacabana Palace. O hotel passou por reforma, modernizando a antiga instalação, mas sem descaracterizar a fachada imponente do prédio.

Personalidades  

Nas suítes do hotel já se hospedaram figuras internacionais, como a cantora brasileira Carmem Miranda, a atriz Ava Gardner, a princesa Diana com o príncipe Charles, o cantor  Mick Jagger; o escritor alemão Thomas Mann, do barão de Rotschild e o rei George VI, pai da rainha Elizabeth II, entre tantas personalidades.


Últimas de Rio