O Repórter

Corinthians e Palmeiras promovem coletiva conjunta em nome da paz no futebol

Técnicos e presidentes falaram sobre a violência e o clássico de domingo

Por Julio Cesar
14 de fevereiro de 2014 às 12:08
Atualizada em 14 de fevereiro de 2014 às 06:18
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SÃO PAULO (O REPÓRTER) - Após os episódios de vandalismo e violência registrados na invasão de torcedores do Corinthians ao CT do clube, e da confusão na venda de ingressos na sede do Palmeiras para o clássico contra o Timão, a diretoria de ambos os times promoveram nesta sexta-feira uma inusitada "coletiva da paz". Os presidentes e treinadores de Corinthians e Palmeiras concederam lado a lado uma entrevista coletiva, onde falaram não só do clássico de domingo (16) pelo Campeonato Paulista, mas também sobre a violência no futebol e na sociedade como um todo:

"Durante os 90 minutos cada um vai torcer para o seu time. Isso não impede que, após a partida, possamos comer uma pizza. A rivalidade é sadia, mas deve ficar apenas no campo da rivalidade. Odiar o adversário é insano. Tem sim é que ser melhor e superá-lo dentro de campo, nada além disso", declarou Paulo Nobre, presidente do alviverde.

O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, fez seu primeiro discurso seguindo a mesma direção do mandatário alvinegro: 

"Atitudes como a de hoje contribuem para a diminuição da violência. Estamos aqui reunidos com a única mensagem de dizer que Palmeiras e Corinthians são apenas, e nada mais do que apenas, adversários durante 90 minutos da partida". 

O técnico do Corinthians, Mano Menezes, ao falar sobre a questão da violência em seu discurso de abertura, relembrou a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, morto ao ser atingido por um rojão durante uma manifestação no Rio de Janeiro: 

"Todos nós temos que ter a consciência de que precisamos parar, pensar e fazer a nossa parte para combater o problema. Vocês (imprensa) perderam recentemente um colega durante o trabalho. Eu acho que já é hora de repensarmos algumas atitudes, tanto nossas, quando provocamos um adversário com uma declaração mais contundente, quanto vocês, que no intuito de promover um jogo, podem acabar estimulando um episódio de violência. Espero que isso não pare por aqui. Todos precisam fazer a sua parte. Nós aqui temos de pensar apenas nos 90 minutos. Espero que seja um grande clássico no domingo e que só tenhamos que falar sobre o jogo na segunda-feira", disse. 

Sobre as escalações para o clássico, Kleina e Mano não fizeram grandes mistérios em relação ao aproveitamento de jogadores como Valdívia e Renato Augusto. Já sobre Bruno César e Jadson, os treinadores preferiram não confirmar nem negar a escalação dos meias: 

"A condição física do Bruno ainda não é a ideal, vamos nos reunir para, em conjunto, tomar a decisão de aproveitá-lo ou não até a hora da partida. Sobre Valdívia, todo o planejamento é feito para que possamos contar com ele nos jogos grandes. Esperamos contar com ele sim", disse o comandante do Palmeiras. Mano revelou que a decisão sobre Jadson ocorrerá nas próximas horas e que o jogador ainda está sem o ritmo de jogo ideal. Já Renato Augusto será relacionado para o clássico.

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