O Repórter

Eleições na Alemanha consolidam Verdes como 3ª força política

Resultados apontam que extremistas perderam espaço

Por OREPORTER.COM
26 de setembro de 2021 às 19:19
Atualizada em 26 de setembro de 2021 às 19:20
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EPA
Verdes tiveram grande resultado no pleito deste ano
Verdes tiveram grande resultado no pleito deste ano

BERLIM (ANSA) - Se o vencedor das eleições alemãs ainda está indefinido na disputa entre o Partido Social-Democrata (SPD) e a União Democrata-Cristã (CDU), as eleições realizadas neste domingo (26) mostraram a consolidação dos Verdes como a terceira força da política do país.

A sigla, que tinha como indicada a chanceler a jovem Annalena Baerbock, tem cerca de 14% dos votos, de acordo com a última projeção da emissora "ARD", e deve ser fundamental tanto para o SPD, que aparece com uma leve vantagem na disputa, como para os conservadores da CDU para tentar formar um novo governo alemão Após os primeiros resultados da boca de urna serem divulgados, a alegria dos membros da legenda era evidente. Segundo estimativas da mídia alemã, a sigla tem uma alta de cerca de 6% na comparação com a última eleição, quando terminaram com 8,9% dos votos.

A estimativa é que a legenda tenha entre 115 e 120 representantes no Parlamento.

Em todas as pesquisas anteriores à eleição, as mudanças climáticas apareciam como preocupação número um dos eleitores, especialmente, após uma tragédia que atingiu o oeste da Alemanha em maio. As enchentes deixaram mais de 100 mortos e centenas de casas destruídas.

Apesar de aparecer com um percentual maior de intenção de votos no início do ano e da campanha perder força também por conta de polêmicas em torno do currículo de Baerbock, os jovens continuaram defendendo o partido e sua preocupação com o meio ambiente - o que resultou no bom resultado nas urnas.

O que o pleito também mostrou foi a queda do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) que, apesar de manter representatividade no Bundestag, caiu para quinta força política com 10,5% dos votos até o momento.

Em 2017, em votação recorde, a sigla ultranacionalista conquistou 12,6% dos votos. No entanto, seja qualquer que for o percentual, o AfD já foi rejeitado por todos os partidos maiores para formar uma coalizão.

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