O Repórter

Estácio e Porto da Pedra se destacam na primeira noite de desfiles da Série A

Por Rafael Max
10 de fevereiro de 2018 às 08:30
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Rafael Max/OReporter.com
A Estácio de Sá foi uma das destaques na Sapucaí
A Estácio de Sá foi uma das destaques na Sapucaí

RIO (OREPORTER.COM) - As seis primeiras escolas da Série A desfilaram na noite desta sexta-feira e madrugada de sábado (9 e 10), na Marquês de Sapucaí. Em uma disputa acirrada pela única vaga no Grupo Especial, Estácio de Sá e Porto da Pedra largaram bem na disputa e fizeram desfiles que podem brigar pelo título.

Unidos de Bangu, Império da Tijuca, Renascer de Jacarepaguá e Acadêmicos do Sossego completam a lista de agremiações que se apresentaram no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

Saiba como foi cada desfile da primeira noite da Série A

Unidos de Bangu

Recém-chegada do Grupo B, a Unidos de Bangu trouxe na Sapucaí o enredo "A travessia da Calunga Grande e a nobreza negra no Brasil". Na passarela, a escola falou sobre a nobreza africana que veio ao Brasil na condição de escravos. Entre as figuras retratadas estão a de Chico Rei, um rei do Congo trazido ao Brasil, além de Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares, líderes do Quilombo dos Palmares.

A agremiação veio bastante simples na avenida, mostrando que é difícil a adaptação à Sapucaí após deixar a Intendente Magalhães. Na Sapucaí, a Unidos de Bangu apresentou fantasias simples e alegorias com problemas no acabament, além de ter efrentado problemas com o tempo do desfile. Portanto, a luta da escola da Zona Oeste será contra o rebaixamento.

O destaque ficou com a cantora Lexa, rainha de bateria da Unidos de Bangu.

Lexa na Unidos de Bangu (Foto: Gabriel Nascimento/Riotur)

Império da Tijuca

Com o enredo “Olubajé – um banquete para o rei”, a Império da Tijuca foi a segunda a desfilar na Sapucaí. O desfile idealizado pelos carnavalescos Jorge Caribé e Sandro Gomes retratou o candomblé ao falar sobre otradicional jantar religioso oferecido ao orixá Omulu. O destaque ficou por conta da "chuva" de pipoca oferecida no último carro.

A agremiação do Morro da Formiga não teve dificuldades em contar o seu enredo ao trazer fantasias e alegorias com muitas referências ao candomblé. Sem enfrentar problemas com a qualidade dos elementos apresentados, a agremiação deve garantir a permanência na Série A por mais um ano.

Império da Tijuca (Foto: Gabriel Nascimento/Riotur)

 

Acadêmicos do Sossego

Em seu segundo ano na Série A, Acadêmicos do Sossego apresentou o enredo "Ritualis", de Peterson Alves. Na passarela, a escola de Niterói falou sobre os diversos rituais feitos pelos povos, como judeus, muçulmanos, cristãos, egípcios e maias.

A Sossego veio com um desfile bem simples, com algumas referências de fácil entendimento ao público. Como exemplo estão a ala das baianas representando a cultura judaica, além de várias referências às culturas islâmica, cristã e africana através das alas e alegorias. No entanto, a falta de acabamento nas alegorias e simplicidade nas fantasias mostram que o caminho da agremiação niteroiense será difícil na apuração da quarta-feira de cinzas.

Acadêmicos do Sossego (Foto: Rafael Max/OReporter.com)

Porto da Pedra

A Porto da Pedra divertiu o público com o enredo "Rainhas do Rádio - Nas Ondas da Emoção, o Tigre Coroa as Divas da Canção!", de Jaime Cezário. Como o nome já indica, a escola de São Gonçalo falou sobre a era de ouro do rádio e das cantoras que fizeram sucesso nas décadas de 1940 e 1950.

Na passarela, a Porto da Pedra homenageou nomes como Ângela Maria, Marlene, Dalva de Oliveira e Emilinha Borba. Da comissão de frente ao último carro, muitas referências à música, aos costumes cariocas e aos artistas que fizeram sucesso na história do rádio.

A comissão de frente, mostrou um desfile das estrelas que ganharam o título de rainhas do rádio. No segundo carro,uma homeagem ao auge da Rádio Nacional, que trouxe muitas das artistas que fizeram sucesso no Brasil. A escola também relembrou a publicação "Revista do Rádio", além de trazer diversos elementos que remotaram décadas passadas, como a música, os cassinos e teatros. Com um desfile de elementos de fácil entendimento e com excelência nas alegorias e fantasias, a agremiação mostra que está na briga pelo título.

A Porto da Pedra homenageou as Rainhas do Rádio (Foto: Gabriel Monteiro/Riotur)

Renascer de Jacarepaguá

"Renascer de flechas e de lobos" foi o enredo apresentado pelos carnavalescos Raphael Torres e Alexandre Rangel. A escola da Zona Oeste do Rio apresentou a Amazônia e teve como inspiração a obra “A Floresta do Amazonas, de Heitor Villa Lobos.

A Renascer de Jacarepaguá trouxe muitas referências à fauna e a flora da Amazônia, mostrando toda a diversidade da floresta que é considerada como Patrimônio da Humanidade. O destaque negativo ficou por conta do atraso da rainha de bateria Silvia Schreiber, que só entrou na Sapucaí com o desfile em andamento.

A Renascer de Jacarepaguá trouxe a diversidade da Amazônia (Foto: Alexandre Macieira/Riotur)

Estácio de Sá

A Estácio de Sá encerrou a primeira noite de desfiles com o enredo "No pregão da Folia, sou Comerciante da alegria com a Estácio boto banca na avenida". O Leão mostrou a história do Rio tendo como base o comércio da cidade.

Na avenida, a escola começou com a troca de mercadoria com os índios e passou pelas feiras livres e pelos produtos vendidos pelos imigrantes. Com um chão forte, excelência em quase todas as alegorias e fantasias, além de um desfile com elementos de fácil entendimento, a escola busca voltar ao Grupo Especial após dois anos.

A Estácio de Sá transformou a Sapucaí em feira livre (Foto: Gabriel Nascimento/Riotur)

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