CIDADE DO VATICANO (OREPORTER.COM*) - Em meio à Praça de São Pedro vazia - mas sendo acompanhado pelos católicos do mundo todo - o Papa Francisco proferiu a benção Urbi et Orbi de maneira extraordinária. Ele agendou essa cerimônia em meio à pandemia do coronavírus, que assola a Itália e o mundo, afetando a realização de grandes eventos.
Sem público, Francisco fez uma reflexão no texto do Evangelho de Marcos, em que Jesus acalma uma tempestade. Em seu pronunciamento, o Papa disse que "estamos todos no mesmo barco" e que somo "chamados a remar juntos".
"A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades", declarou.
Francisco fez uma homenagem a todos que estão trabalhando neste momento em meio à crise global. Ele citou “médicos, enfermeiros, funcionários de supermercados, pessoal da limpeza, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos" que, segundo ele, "compreenderam que ninguém se salva sozinho”.
Paa o Sumo Pontífice não é possível trabalhar sozinho e que não há como ser autossuficiente. Em seguida, ele deu uma mensagem esperançosa:
"Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor", disse.
Papa Francisco trouxe à Praça de São Pedro o crucifixo da Igreja de San Marcello al Corso, de Roma. A imagem foi utilizada na Peste de Roma, entre 1521 e 1522.
A bênção Urbi et Orbi (da cidade para o mundo) normalmente é concedida apenas no Natal e na Páscoa. No entanto, na última semana, em sua oração semanal do Angelus, ele anunciou que faria essa benção de maneira extraordinária. (*com agências internacionais)