O Repórter

Família de ¨paciente zero¨ da variante Ômicron testa positivo na Itália

Esposa e filhos de italiano estão com sintomas leve

Por OREPORTER.COM
29 de novembro de 2021 às 10:23
Atualizada em 29 de novembro de 2021 às 10:25
Compartilhe a notícia:
EPA
Família de¨paciente zero¨ da variante Ômicron testa positivo na Itália
Família de¨paciente zero¨ da variante Ômicron testa positivo na Itália

ROMA (ANSA) - As autoridades sanitárias da Itália informaram nesta segunda-feira (29) que a esposa e os dois filhos do "paciente zero" da variante Ômicron do coronavírus também testaram positivo para a nova cepa.

O anúncio foi feito pela região da Campânia no final do sequenciamento genético relativo ao primeiro caso confirmado da variante Ômicron no país e de seus contatos diretos.

O italiano é funcionário da empresa de petróleo ENI e havia ido a trabalho para Moçambique, nação vizinha à África do Sul. Ele retornou em um voo que aterrissou no Aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma, em 11 de novembro.

O sequenciamento rápido foi possível graças às ferramentas que contam com tecnologia NGS, que permitem o processamento e avaliação do genoma viral em sua totalidade em 24 horas.

De acordo com as autoridades sanitárias, as quatro pessoas apresentam apenas sintomas leves. O casal, por sua vez, já estava totalmente vacinado.

Hoje, o coordenador da Comissão Técnico-Científica, Franco Locatelli, afirmou que a variante Ômicron parece ser mais contagiosa, mas não tão perigosa, por isso, o termo "preocupação" parece ser "excessivo".

"Sabemos que se trata de uma variante que teve importante difusão na África do Sul, o tempo que demorou a se tornar predominante é bastante reduzido em comparação com as outras variantes, houve um aumento de quase 260% dos casos nesse país: tudo apoia para uma contagiosidade maior. Mas não temos evidências de que possa causar doenças mais graves ou escapar de forma importante do efeito protetor das vacinas", explicou o presidente do Conselho Superior de Saúde.

Segundo Locatelli, os vacinados "estão amplamente protegidos" e, "até o momento, nenhuma das variantes isoladas, Alpha ou Delta, se mostrou resistente ao efeito das vacinas".

"Há mais de 30 mutações na proteína Spike, é possível que a eficácia [da vacina] com esta nova variante seja ligeiramente reduzida, mas os estudos imunológicos precisam ser conduzidos com rigor. As próximas duas semanas vão esclarecer a situação", acrescentou ele, convidando a todos a se vacinar.

Últimas de Saúde