O Repórter

Fluminense perde processo contra blogueiro que chamou o clube de 'tapetense'

Por Redação...
20 de maio de 2019 às 14:21
Atualizada em 20 de maio de 2019 às 14:41
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Reprodução
O Fluminense entrou com um processo por ter sido chamado de `tapetense´
O Fluminense entrou com um processo por ter sido chamado de `tapetense´

RIO (OREPORTER.COM) - O Fluminense estava com um processo aberto contra Paulo Cezar de Andrade Prado, criador do "Blog do Paulinho”. O motivo foi que o blogueiro, ao fazer uma crítica, chamou o clube tricolor de "tapetense" - uma referência ao "tapetão", termo dado quando um campeonato é definido por medidas extra-campo. No entanto, o juiz Tom Alexandre Brandão, da 2ª Vara Cível de São Paulo, rejeitou a acusação do clube carioca. Ele negou indenização e a retirada do post.

Para o magistrado, o texto publicado pelo blogueiro trata-se do exercício da liberdade de crítica. “Considero que não houve qualquer excesso a justificar a retirada da reportagem do ar ou, ainda, a reparação dos danos alegados. A crítica feita pelo réu é absolutamente legítima”, alegou. "Bem faria o clube se lutasse por regras mais transparentes e justas no futebol nacional, ao invés de insurgir-se contra quem critica as distorções no cenário esportivo”, conluiu.

O Fluminense pediu à Justiça uma reparação por danos morais no valor de R$ 50 mil.

"Tapetão"

O clube carioca viu-se envolvido em decisões extra-campo que livraram a equipe do rebaixamento em algumas ocasiões. Em 2013, uma punição contra a Portuguesa fez com que o Fluminense se livrasse do rebaixamento no Campeonato Brasileiro daquele ano. Outro caso mais antigo foi em 1996, quando o clube foi rebaixado, mas a CBF cancelou o descenso com a justificativa de um esquema de suborno de arbitragem.

No Campeonato Brasileiro de 1997, o Fluminense acabou rebaixado para a segunda edição. Já em 1998, o clube desceu para a Série C. O tricolor conquistou o título da terceira divisão e garantiu o acesso para a Série B do ano seguinte. Porém, em 2000, a CBF foi impedida de realizar o Brasileirão após o Gama-DF entrar na Justiça Comum ao não aceitar o rebaixamento - o clube não desceria se o São Paulo tivesse os pontos perdidos computados devido ao caso das escalações irregulares do jogador Sandro Hiroshi.

O Clube dos 13 organizou a Copa João Havelange, em 2000, competição que reuniu 116 clubes numa única divisão, sendo repartidos em quatro módulos. O Fluminense acabou ficando no módolo azul, similiar ao da primeira divisão e que classificava mais times para a fase seguinte. Na edição de 2001, a CBF voltou a organizar o Campeonato Brasileiro e manteve o Fluminense na divisão principal.

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