O Repórter

Funcionários do Jornal do Brasil estão há 4 meses sem salários

Por OREPORTER.COM
05 de setembro de 2019 às 12:07
Atualizada em 05 de setembro de 2019 às 12:14
Compartilhe a notícia:
reprodução
Edição do JB on line desta quinta-feira
Edição do JB on line desta quinta-feira

RIO (OREPORTER.COM) -  Após ganhar fôlego em 2017, quando foi adquirido pelo empresário Omar Catito Peres, o centenário Jornal do Brasil volta a passar por graves dificuldades financeiras.

Outrora referência com nomes de importância no jornalismo brasileiro, a redação do antigo jornal da Condessa, que em seu auge comportava centenas de profissionais produzindo conteúdo, conta atualmente com apenas cinco redatores, que atualizam de suas casas o site do jornal.

A sede do JB, num dos principais endereços comerciais do Rio, a Avenida Rio Branco, foi extinta. Os poucos funcionários que ainda trabalham para administrar o jornal foram remanejados de forma improvisada, para um dos endereços onde Catito mantém um de seus restaurantes, o Olivetto, em Ipanema.

Em contato com a nossa redação um funcionário, que pediu anonimato, desabafou. "Não tem dinheiro para nada. Estamos há 4 meses sem receber".

Reconhecido por fazer parte da história nacional e do jornalismo, o JB tem um dos arquivos fotográficos mais importantes do país, no entanto, os novos administradores parecem não reconhecer tal importância.

"Está tudo se deteriorando. As fotos antigas que contam a história do Brasil estão se perdendo, por descaso", conta outro funcionário.

O problema de receita é grave e afeta o jornal já há alguns meses. Vários fornecedores estão sem receber e já não é possível entrar em contato com o JB por telefone, que está cortado.

OREPORTER.COM procurou ouvir Catito Peres, que até a publicação desta matéria não retornou os contatos. 

RELEMBRE 

Relançamento do jornal impresso

O Jornal do Brasil chegou às mãos de Omar Catito Peres em outubro de 2017 quando sublicenciou a marca Jornal do Brasil do empresario Nelson Tanure, até então proprietário do jornal desde de o adquiriu da família Nascimento Brito em 2001.

A versão impressa do JB foi extinta por Nelson Tanure em 31 de agosto de 2010 e ressuscitada por Catito Peres em 25 de fevereiro de 2018. O projeto impresso não obteve o sucesso esperado e foi novamente tirado de circulação em março deste ano, o que causou uma debandada na redação do veículo. 

Últimas de Mídia & Cia