O Repórter

Guedes diz apoiar sugestão do CNJ sobre regras para precatórios

Por Redação..
26 de agosto de 2021 às 18:23
Atualizada em 26 de agosto de 2021 às 18:23
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Agência Brasil

BRASÍLIA (Agência Brasil) - A sugestão de criar uma espécie de “microparcelamento” dos precatórios em 2022 pode ser uma saída para evitar o pagamento de despesas judiciais fora do teto, disse hoje (26) o ministro da Economia, Paulo Guedes. A ideia foi apresentada mais cedo pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux.

Em evento virtual promovido pela empresa de investimentos financeiros XP, Guedes classificou a ideia de “muito interessante”. Na avaliação do ministro, a solução ajudaria a sanar o que chamou de “vício de origem” da emenda constitucional que criou o teto de gastos, ao submeter despesas determinadas pelo Judiciário ao limite.

“Quando saiu o texto [da emenda do teto de gastos], deveria haver o reconhecimento que o Executivo não controla essas despesas. Então, se o Judiciário legislar acima da capacidade de execução daquele ano, aquilo deveria, também, estar sujeito ao teto. Isso é uma medida de extraordinária lucidez”, explicou Guedes.

A sugestão de Fux foi apresentada mais cedo no mesmo evento. Pela proposta, os precatórios – dívidas do governo reconhecidas definitivamente pela Justiça – seriam pagos no próximo ano pelo valor dessa dívida no momento da promulgação do teto de gastos, em dezembro de 2016, corrigidos para valores atuais. Os valores que excederem esse teto seriam repassados para o Orçamento de 2023.

Ainda em “fase embrionária”, segundo Fux, a ideia está sendo discutida por representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A mudança dependeria apenas da aprovação de uma resolução pelo CNJ, em vez de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), como a enviada pelo governo, que permitiria o parcelamento dos precatórios.

No próximo ano, o governo federal tem R$ 89 bilhões a pagar em precatórios. Caso a resolução do CNJ seja aprovada, a União desembolsaria R$ 50 bilhões em 2022 e deixaria os R$ 39 bilhões restantes para 2023.

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