RIO (OREPORTER.COM) - Com inquestionáveis 15.14 pontos contra 6.60 do rival, o campeão mundial Ítalo Ferreira derrotou o japonês Kanoa Igarashi na primeira final olímpica do surfe masculino da história e, de quebra, trouxe a primeira medalha dourada para o Brasil em Tóquio.
Igarashi havia tirado da final Gabriel Medina que, em prova acirrada, foi derrotado pelo australiano Owen Wright por 11.97 a 11.77 na disputa pelo bronze.
Medina terminou em quarto lugar. A decisão da modalidade foi adiantada para hoje por conta de um tufão que deve se aproximar do Japão. Acompanhe as atualizações sobre todos os dias da competição e os comentários mais recentes.
A trajetória até o ouro
A final começou com o pé esquerdo para Italo Ferreira. Primeira onda e prancha partida! O potiguar teve que remar de volta na praia, pegar nova prancha e voltar para o mar. Minutos perdidos em uma final que tem apenas 35 de duração.
A atitude de tudo ou nada do campeão mundial foi um show! Italo Ferreira trabalhou, pegou mais ondas que Kanoa Igarashi, caiu, se levantou, remou e surfou a um nível tremendo. Trouxe para as águas do Pacífico o seu surfe total, físico e espetacular que valeu o título mundial em 2019 e discutir com Gabriel Medina o estatuto de número um do planeta surfe.
O ouro viaja da praia Tsurigasaki para a Baía Formosa, onde começou a história do novo campeão Olímpico, um dos membros da histórica Brazilian Storm, movimento nascido nas águas de Guarujá e que permitiu ao Brasil ser a potência número um do mundo! Do primeiro campeão vive seu apogeu.
São 5h26 em Baía Formosa.
— Ícaro Carvalho (@icaroccarvalho) July 27, 2021
Cidade amanhece com um Campeão Olímpico! Ítalo Ferreira! @JogosOlimpicos @timebrasil @tribunadonorte pic.twitter.com/yf82inBCYY
O japonês Kanoa Igarashi não teve a mesma capacidade de leitura do mar que demonstrou na semifinal. Esteve mais conservador e acabou por nunca estar confortável na final. O japonês, que vive parte do ano em Portugal e até se expressou em português na zona mista, fica com a medalha de prata.
Antes de aceder à disputa pelo ouro, Italo Ferreira despachou o australiano Owen Wright na semifinal, onde trabalhou muito e acertou pouco, tentando vários aéreos que terminaram incompletos. Valeu a experiência do brasileiro que controlou o final da bateria vencendo por 13.17 a 12.47.