RIO (OREPORTER.COM) - O jornalista Gleen Greenwald foi denunciado pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal pelo caso de invasão de celulares de autoridades brasileiras. Outras seis pessoas também foram denunciadas, dando continuidade à Operação Spoofing.
A denúncia foi assinada pelo procurador República Wellington Divino de Oliveira. Para o MPF, Glenn "auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o período das invasões".
Para o procurador, houve três frentes da organização que fazia os crimes cibernéticos: fraudes bancárias, invasão de dispositivos informáticos (como, por exemplo, celulares) e lavagem de dinheiro.
Ainda segundo o MPF, Gleen não era considerado alvo das investigações. No entanto, durante a análise de um MacBook apreendido - com autorização da Justiça - na casa de Walter Delgatti (um dos investigados), os investigadores encontraram um áudio de um diálogo entre Luiz Molição (outro investigado) e Glenn.
Foram denunciadas as seguintes pessoas: Walter Delgatti Netto e Thiago Eliezer Martins Santos que, segundo o MPF, atuavam como mentores e líderes do grupo; Danilo Cristiano Marques, considerado como “testa-de-ferro” de Walter; Gustavo Henrique Elias Santos, o programador que, de acordo com as investigações, desenvolveu técnicas que permitiram a invasão do Telegram e ainda perpetrava fraudes bancárias; Suelen Oliveira, esposa de Gustavo, que “recrutava” nomes para participaremdas ações; e Luiz Molição apontado como responsável por invadir terminais informáticos, além de aonselhar Walter sobre condutas que deveriam ser adotadas. Molição é apontado também como porta-voz do grupo nas conversas com Greenwald.
O MPF nformou que as investigações seguem em andamento com o objetivo de esclarecer uma possível existência de mandantes ou de lucros financeiros obtidos a partir das invasões. Por causa disso, o MPF solicitou à Justiça a manutenção das prisões de Walter Delagatti e Thiago Eliezer dos Santos.