O Repórter

Jornalistas do Diário do Pará entram em greve e param as máquinas

Por OREPORTER.COM
27 de setembro de 2013 às 02:58
Atualizada em 26 de setembro de 2013 às 23:10
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divulgação

RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER) - Não é só o funcionalismo público que recorre à greve por melhores condições de trabalho e salários mais justos. A categoria que sempre está atenta às reinvindicações de grevistas e cobre de perto as paralisações mantendo a população informada recorreu ao artifício. Agora são os jornalistas do Diário do Pará e do Portal Diário Online que pararam as máquinas.

Desde o último dia 20 os profissionais de imprensa daquele jornal reivindicam piso salarial de R$ 1.900 e a readmissão de um jornalista demitido após o início das manifestações. O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) tenta, desde maio, um diálogo com a direção do Grupo Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), de propriedade da família do senador Jáder Barbalho e afiliado à Band.

A greve dos jornalistas se deu num momento onde haviam sido realizadas algumas manifestações da campanha para valorização da profissão de jornalista no Estado do Pará, com o mote “Jornalista Vale Mais”, lançado pelo Sinjor-PA.

De acordo com a entidade, os trabalhadores receberam o apoio do diretor do Departamento de Relações Institucionais da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), José Carlos Torves, que foi à Belém para reforçar a campanha criada para lutar por melhores condições de trabalho no Grupo RBA.

Segundo relato da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a situação dos trabalhadores da RBA é deplorável. Na quinta-feira passada (19), "em sessão especial na Câmara de Vereadores de Belém, os profissionais relataram as dificuldades que enfrentam nos veículos deste grupo. Em carta aberta eles denunciam que, além de péssimas condições de trabalho, a RBA pratica contratações ilegais, sem registro em carteira de trabalho, não paga corretamente as horas extras e que o salário bruto pago aos repórteres é de R$ 1.000".

Diante da paralisação, o veículo acionou freelancers para cobrir os funcionários em greve. Segundo a comissão de trabalhadores, a mudança pôde ser sentida no conteúdo — o portal foi menos atualizado e postagens nas redes sociais foram publicadas com erros. “Isso demonstra que quando não estamos trabalhando, ele [o conteúdo] sai sem qualidade”, avalia o grupo.

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