O Repórter

Jovens reclamam de falta de recursos para mídia alternativa

Por Redação..
18 de setembro de 2013 às 11:13
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BRASÍLIA (Agência Senado) - Um jeito diferente de produção cultural e de jornalismo. É assim que trabalham dois grupos de jovens: o Fora do Eixo e o Mídia Ninja, sigla para Narrativas Independentes Jornalismo e Ação. Esses movimentos foram tema de um debate promovido nesta terça-feira na Comissão de Cultura da Câmara.

Eles ficaram conhecidos durante as manifestações de junho e julho porque mostraram um ponto de vista dos protestos diferente do dos grandes veículos de comunicação. Do meio da multidão, transmitiam as movimentações ao vivo, pela internet. A qualidade do material é ruim, mas traz o calor dos fatos.

Para alguns especialistas, isso não é jornalismo, porque falta profissionalismo. Já para outros, como para a diretora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ivana Bentes, é, sim, um novo fenômeno.

O jornalista Bruno Torturra, do Mídia Ninja, diz que essa nova forma de divulgar os acontecimentos democratiza a informação. "A gente vive potencialmente a idade de ouro do jornalismo. A gente vive em uma sociedade que se define pela troca de informação, pela leitura frequente, pelo acesso aos fatos. Muita gente, até das camadas mais populares, tem smartphone. E como é que a gente está aceitando a ideia de que o jornalismo está morrendo? Tem um abismo geracional gigantesco nisso."

O Mídia Ninja é voltado ao jornalismo. Ele se mistura com outro movimento mais direcionado à cultura, o Coletivo Fora do Eixo. Criado em 2005, em Mato Grosso, o Fora do Eixo reúne hoje cerca de 2.000 integrantes em todo o País. É uma rede que vive de arte, mesmo sem estar ligada a grandes patrocinadores ou morarem no Rio de Janeiro ou São Paulo.

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