O Repórter

Justiça do Rio bloqueia bens de Jorge Picciani e Paulo Melo

Por Redação...
31 de julho de 2020 às 20:45
Atualizada em 31 de julho de 2020 às 20:54
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Divulgação/Alerj
Jorge Picciani e Paulo Melo foram ex-presidentes da Alerj
Jorge Picciani e Paulo Melo foram ex-presidentes da Alerj

RIO (OREPORTER.COM) - Os ex-deputados Paulo Melo e Jorge Picciani, ambos ex-presidentes da Alerj, tiveram os bens bloqueados pela 1ª Vara de Fazenda Pública do Rio determinou nesta sexta-feira (31). A decisão também é válida para Jorge Luiz Ribeiro, ex-assessor de Picciani, e de Andreia Cardoso do Nascimento, ex-assessora de Melo. Todos são acusados de improbidade administrativa por receber propina da Odebrecht em troca de contratos de obras e benefícios fiscais.  

A decisão, assinada pelo juiz Bruno Bodart, determina o bloqueio de R$ 44,6 milhões de Picciani e de R$ 33 milhões de Jorge Luiz. Os valores correspondem às quantias recebidas em propina da empreiteira, acrescidos de multa. Paulo Melo teve  R$ 5,6 milhões bloqueados e Andreia, R$ 4,2 milhões.  

Movida pelo Ministério Público, a ação traz declarações de Álvaro Novis, doleiro responsável pela entrega de dinheiro a Jorge Picciani e a Paulo Melo. De acordo com essas revlações, Picciani receberia os valores por meio de Jorge Luiz Ribeiro, enquanto que Melo recebia pelas mãos de Andreia Cardoso. As quantias pagas eram registradas pelo doleiro em uma planilha denominada “Carioquinha”.   

Na dceisão, o juiz destaca que “a análise conjunta da planilha, da contabilidade realizada pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht no sistema Drousys e das declarações de Benedicto Júnior, executivo do grupo Odebrecht, torna verossímeis as afirmações da inicial de que houve diversos pagamentos aos demandados”.  

De acordo com o MP, Jorge Picciani teria recebido da Odebrecht mais de R$ 11 milhões em propina para atuar a favor dos interesses da construtora enquanto era deputado estadual entre agosto de 2008 e setembro de 2014.  

Em troca, Picciani teria atuado para modificar o Projeto de Lei 153/2015, que mudou normas tributárias aplicadas a estabelecimentos industriais sediados no Rio. O projeto foi aprovado e convertido em lei.  

Paulo Melo teria recebido também R$ 1,4 milhão da empreiteira garantir o apoio político aos interesses econômicos do grupo. Na denúncia, o ex-deputado recebia o pagamento para atuar junto ao governo estadual, sob o comando de Sérgio Cabral, com o objetivo de assegurar o direcionamento de contratos e licitações do estado das obras para Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.  

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