O Repórter

Justiça pede arquivamento de processo de estupro contra CR7

Por OREPORTER.COM
09 de outubro de 2021 às 10:17
Atualizada em 09 de outubro de 2021 às 10:20
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Ansa

ROMA (ANSA) - Um tribunal federal de Nevada, nos Estados Unidos, recomendou o arquivamento do processo aberto pela ex-modelo Kathryn Mayorga contra o jogador Cristiano Ronaldo por suposta agressão sexual, em 2009, em um hotel em Las Vegas.

Segundo o juiz federal Daniel Albregts, a medida deve ser rejeitada por irregularidades na ação, tendo em vista que os advogados de Mayorga se basearam em documentos vazados e roubados, além de comunicações privadas entre o craque português e sua defesa.

Desta forma, o magistrado ressalta que as provas não deveriam estar em poder da mulher e acusa o advogado da defesa, Leslie Stovall, de agir de "má fé em detrimento de seu cliente e de sua profissão". Stovall ainda não comentou a decisão.

"A rejeição do caso de Mayorga devido à má conduta de seu advogado é grave. Mas, infelizmente, é a única sanção apropriada para garantir a integridade do processo judicial", escreveu Albregts em sua recomendação à juíza distrital americana Jennifer Dorsey.

De fato, mesmo que Mayorga altere legalmente, "o tribunal não seria capaz de dizer quanto do caso é baseado apenas em suas memórias ou se elas foram influenciadas pelos documentos do Football Leaks".

A justiça americana havia anunciado em julho de 2019 que essas acusações não poderiam "ser provadas além de qualquer dúvida razoável", renunciando assim a possibilidade de processar o ex-jogador da Juventus.

Cristiano Ronaldo, por sua vez, sempre negou as acusações de estupro, alegando ter tido uma relação de "consentimento total".

No entanto, Mayorga, de 37 anos, pede ao cinco vezes Bola de Ouro uma indenização de até US$200 milhões.

Em junho de 2009, Mayorga chamou a polícia de Las Vegas para relatar um estupro, mas se recusou a revelar a identidade do suposto autor do crime. O caso foi então encerrado.

Em 2010, porém, um acordo confidencial no valor de US$375 mil foi feito entre os representantes de Ronaldo e de Mayorga, em troca de sigilo absoluto. Mas para os atuais advogados da ex-modelo este contrato é nulo e sem efeito devido ao distúrbio psicológico que afetava a mulher na época e às pressões (das quais não há provas de acordo com o juiz Albregts) exercidas contra ela.

Já em agosto de 2018, Mayorga retomou o contato com as autoridades americanas e pediu a reabertura de seu caso, acusando o atleta publicamente pela primeira vez.

"Eu nego veementemente as acusações feitas contra mim", disse ele em outubro de 2018. "O estupro é um crime abominável que vai contra tudo o que eu sou e acredito".

O advogado de Ronaldo em Las Vegas, Peter Christiansen, ficou satisfeito com a recomendação e celebrou a decisão, segundo o jornal "The Guardian". "Estamos concluindo com uma análise detalhada do Tribunal sobre este assunto e sua disposição de aplicar justamente a lei aos fatos e recomendar a extinção do processo civil contra Ronaldo", concluiu.

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