O Repórter

Levando a temática indígena, Portela demonstra vontade para brigar pelo título

Por Redação...
24 de fevereiro de 2020 às 06:26
Atualizada em 24 de fevereiro de 2020 às 14:16
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Rafael Max/OReporter.com
Detalhe do terceiro carro da Portela sobre os tupinambás
Detalhe do terceiro carro da Portela sobre os tupinambás

RIO (OREPORTER.COM*) - Já sob a luz do dia, a Portela trouxe o enredo “ Guajipiá, Terra Sem Males”, dos carnavalescos Renato e Márcia Lage encerrando a primeira parte dos desfiles do Grupo Especial. A azul e branco se baseou no livro “O Rio Antes do Rio”, de Rafael Freitas, mostrando a história indígena com o objetivo de acenar para a conscientização política e social da coletividade no Brasil.

A história foi produzida a partir dos índios, os verdadeiros pioneiros da cidade do Rio de Janeiro, que já viviam em nosso país, muito antes da chegada dos portugueses em nossas terras. A escola de Madureira, apresentou um desfile colorido, e mostrou como as aldeias indígenas deram origem aos atuais bairros, e abordou como os índios cuidavam do meio ambiente, pois para eles a natureza era considerada sagrada, e um elo forte de ligação com os deuses nos quais esses guerreiros acreditavam. 

A Portela enfatizou a pureza e a paz, e apresentou em seu desfile o paraíso, no qual os homens, a fauna e a flora coexistiam em perfeita harmonia. Os carnavalescos contaram como foi o nascimento da primeira aldeia, mostrou a vida dos nativos em comunidade, e o relacionamento entre os homens e a natureza, segundo os tupinambás.  


Os povos indígenas que viviam na Baía de Guanabara foram retratados pela comissão de frente (Foto: Gabriel Nascimento/Riotur)

A escola representou o paraíso dos tupinambás, que era recoberto de flores e banhado por um maravilhoso rio, bem como os ritos e as tradições que asseguravam os bons presságios daquela tribo. Os carnavalescos contaram como a Baía de Guanabara foi formada no grande quintal dos índios tupinambás. E relataram os enfrentamentos que os nativos tiveram junto aos portugueses que aqui chegaram, e se chocaram com a antropofagia com a qual não estavam acostumados.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira representou a repovoação da terra. A porta-bandeira se apresentou como se estivesse grávida na geração das novas vidas. Tanto que um bebê aparecia durante a performance. O principal contratempo foi um desequilíbrio durante a apresentação no segundo módulo de jurados. 

O desfile foi finalizado com a Baía de Guanabara nos dias de hoje, que bem diferente do paraíso de séculos atrás, foi transformada em uma selva de pedra.  A Portela mostrou o quanto os índios, os verdadeiros donos desta terra, sofreram e foram dizimados tudo em nome do progresso. 

Na Avenida, a Portela esbanjou qualidade ao retratar os povos indígenas. A Azul e branco de Madureira trouxe fantasias e alegorias impecáveis para a primeira noite. Mesmo assim, a azul e branco de  Madureira larga na frente na briga pelo título do Grupo Especial, mas ainda faltam seis escolas para tudo ficar definido. (*colaboraram Rafael Max e Jaqueline Araújo)


A Portela usou e abusou das penas para destacar a estética indígena (Foto: Gabriel Nascimento/Riotur)

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