O Repórter

Mulher de Bolsonaro usou influência para favorecer empresas amigas, diz revista

Michelle teria pedido ao presidente da Caixa juros baixos para uma lista de empresários

Por OREPORTER.COM
01 de outubro de 2021 às 10:45
Atualizada em 01 de outubro de 2021 às 10:55
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Alan Santos / PR
Michelle Bolsonaro, durante evento para celebrar o Dia Nacional do Voluntariado
Michelle Bolsonaro, durante evento para celebrar o Dia Nacional do Voluntariado

RIO (OREPORTER.COM) - A revista digital "Crusué" teria obtido documentos que mostrariam que a primeira-dama Michelle Bolsonaro agira pessoalmente para favorecer empresas amigas e adeptas a linha bolsonarista, no auge da pandemia.

A revista informa ainda que após conversas entre Michelle e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, a primeira-dama teria enviado uma lista com nome de várias empresas e que elas teriam sido agraciadas com empréstimos que solicitaram e com juros bem convidativos, diferentemente dos aplicados para os demais brasileiros que recorrem ao banco para solicitarem empréstimos.

Ainda de acordo com a revista, a primeira-dama teria determinado ao presidente da Caixa Econômica Federal (CEF) que concedesse empréstimos “a juros baixos” a um seleto grupo de empresários aliados do governo durante a pandemia. Alguns deles prestam serviços em cerimoniais e atos no Planalto.

A lista reúne empresários que prestam serviços diretamente à Michelle, como florista, cabelereira empresários do ramo de moda, ou que atendem a cerimoniais no Planalto, como a doceira Maria Amélia Campos, que obteve, após lobby da primeira-dama, um empréstimo de R$ 518 mil junto à Caixa.

O caso pode configurar crime de tráfico de influência. O Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre a reportagem.

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