RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER) - Nem mesmo o papa Francisco esperava uma receptividade tão calorosa do povo brasileiro. Em um papamóvel adaptado, sem vidros blindados nas laterais, o Sumo Pontífice partiu em saudação pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro. O trajeto começou na Catedral Metropolitana e terminou no Theatro Municipal, em cerca de 1,5 km de deslocamento.
Durante o caminho, milhares de fiéis gritavam bastante emocionados e batiam palmas para o Santo Padre. Além de brasileiros, muitos estrangeiros, de maioria argentina, lotavam as ruas. Em determinado momento, houve chuva de papel picado.
Humilde e com o perfil de quem adora quebrar protocolos, papa Francisco pediu para o veículo parar em diversos pontos para cumprimentar e beijar crianças. Ele estava acompanhado do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, que permaneceu sentado, apenas observando.
Sorridente, o papa argentino encerrou a primeira aparição pública no Theatro Municipal. Depois, seguiu de carro fechado ao III COMAR para pegar um helicóptero. Ele ainda encontrará novamente a presidente Dilma Rousseff e outros membros do Governo brasileiro no final da tarde, no Palácio Guanabara, Zona Sul do Rio.
Antes do desfile de papamóvel, a comitiva com o líder da Igreja Católica enfrentou muitas dificuldades para chegar ao ponto inicial. Quando chegava na Avenida Presidente Vargas, milhares de pessoas invadiram a pista para chegar perto e tocar no chefe de Estado, complicando o trabalho dos seguranças, que tentavam evitar. Mesmo em carro fechado naquele momento, o Santo Padre permaneceu sereno e com os vidros abertos.
A previsão inicial é de que o papa Francisco tenha um dia mais voltado ao descanso nesta terça-feira (23). Por outro lado, especula-se que o Sumo Pontífice possa realizar passeios não previstos inicialmente. Ainda não foi revelada qualquer atividade oficial nesta data.