O Repórter

Papa pede orações para pessoas que sofrem de depressão

Líder católico lamentou a ¨exaustão mental¨ dos tempos atuais

Por OREPORTER.COM
03 de novembro de 2021 às 14:55
Atualizada em 03 de novembro de 2021 às 14:57
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Ansa
Papa Francisco voltou a pedir orações para pessoas que sofrem de depressão e de exaustão mental
Papa Francisco voltou a pedir orações para pessoas que sofrem de depressão e de exaustão mental

CIDADE DO VATICANO (ANSA) - No tradicional vídeo divulgado pelo Vaticano para as orações do mês, o papa Francisco abordou o tema da depressão e da exaustão mental dos tempos atuais. A publicação desta quarta-feira (3) faz parte da Rede Mundial de Orações da Igreja Católica.

"Rezemos para que as pessoas que sofrem de depressão ou de [síndrome de] burnout encontrem apoio de todos e uma luz que lhes abra a vida. A sobrecarga de trabalho e o estresse fazem sim com que muitas pessoas experimentem uma exaustão extrema, uma exaustão mental, emotiva, afetiva e física", disse na mensagem.

Segundo o líder católico, "a tristeza, a apatia e o cansaço espiritual acabam dominando a vida das pessoas, que se veem sobrecarregadas com o ritmo de vida atual".

"Busquemos ficar próximos a quem está exausto, a quem está desesperado, a quem está sem esperança, escutando excessivamente o silêncio porque não conseguem conversar com outra pessoa. 'Não, a vida não é assim. Me escute, te dou a receita'", ressaltou.

Na mensagem, Francisco ainda pontua que "além do imprescindível acompanhamento psicológico, que é útil e eficaz, ajudam também as palavras de Jesus". "Me vem na mente e no coração a frase: 'Venham a mim todos os que estão cansados e oprimidos, que eu vos aliviarei'", diz citando a passagem bíblica de Mateus 11:28.

Essa não é a primeira vez que Francisco cita os problemas psicológicos como um assunto muito importante em seu Pontificado. Por diversas vezes, ele citou esses problemas como o resultado da vida contemporânea e que isso pode atingir a "qualquer um", cristão ou não.

Em 2018, Jorge Mario Bergoglio afirmou ainda que a doença afetava muito mais os jovens que são vítimas de "um pecado social" cometido "pela própria sociedade atual", que nega trabalho, estudo e uma vida digna para muitos deles.

Antes dele, o papa João Paulo II havia abordado o assunto de maneira clara em 2004, quando alertou que a depressão era uma doença e não um "pecado fundamental" e que ninguém deveria ser julgado moralmente ou condenado por sofrer do problema.

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