RIO (OREPORTER.COM*) - A Acadêmicos do Salgueiro, passou por um período de pré-carnaval bastante conturbado, durante sete meses, a escola vivenciou um a briga judicial pela sua presidência, André Marques saiu vitorioso, desbancando Regina Celi Fernades. A alternância das liminares e dos recursos para o carnaval 2019, prejudicou os preparativos do Salgueiro.
Efetivamente os trabalhos iniciaram nos últimos dois meses, quando Vaz assumiu de vez o comando da escola. O carnavalesco Alex de Souza teve que mostrar o seu trabalho em tempo recorde. Contudo, Alex conseguiu desenvolver de forma satisfatória o enredo do grande Obá “XANGÔ”, orixá africano, senhor do fogo, dos raios e trovões. Entidade implacável contra os malfeitores, mentirosos e ladrões, é símbolo da imparcialidade, famosos por defender o respeito e a igualdade, é o deus da Justiça.
E a escola veio com um luxo considerável na avenida. Quem gosta da temática africana certamente deve ter gostado dos elementos da comissão de frente, trazendo a devoção a Xangô. Depois, o Salgueiro buscou explicar a origem de Xangô, o quarto obá (rei) de Oyó.
Daí, o Salgueiro mostrou elementos da vestimenta tribal africanas oferendas a Xangô e as vestimentas ao orixá. Além disso, o sincretismo religioso foi retratado pela escola, mostrando a devoção a São Jerônimo – associado a Xangô na mistura de crenças.
A escola chegou à brasilidade com a chegada dos negros escravizados, que buscaram uma associação aos santos católicos para cultuar os orixás. A escola ainda mostrou as festividades brasileiras e lembrou também de Xangô é considerado como o orixá da justiça.
O Salgueiro busca retomar o caminho dos títulos, sendo que a última conquista foi em 2009. Mas a agremiação não deixou de aparecer entre os primeiros e encerrou o último carnaval na terceira posição. Para tentar o título, a escola trouxe um desfile arrojado, com muitas penas, fantasias que buscam demonstrar luxo e alegorias arrojadas. A escola permanece ambiciosa por um grande resultado na quarta-feira de cinzas. (*colaboraram Rafael Max e Jaqueline Araújo)