RIO (OREPORTER.COM) - Hoje a torcida do Flamengo, aquela de verdade, que vai ao estádio torcer pelo time, chamou todo mundo para uma reflexão. Quando eu digo "de verdade", é a verdade real, de carne e osso, não a verdade inventada nas redes sociais, sem nome, sem gênero, sem identidade e que está lá para atacar sem propósito.
Vou ser mais exato com exemplos. A torcida que põe a cara, que xinga o juiz na lata, que vai pra mureta do Maraca e ofende o Rafinha, ex-atleta do clube em jogo contra o Grêmio e, no minuto seguinte, pede desculpas quando o mesmo atleta mostra que tatuou a conquista do clube rubro-negro na pele, essa é que deve ser levada a sério.
Os torcedores que foram hoje ao Maracanã mostraram a empatia que todo mundo quer e "cancelaram" as opiniões das redes sociais. Puseram no bolso: Twitter, Facebook, Instagram. Nessas redes, o lateral esquerdo Isla foi execrado por estar em uma fase ruim no clube.
Nesse mundo irreal, o jogador chileno foi xingado, ameaçado e teve a sua saída do Flamengo gritada.
Ora! Maurício Isla é um ativo do Clube de Regatas do Flamengo. As críticas serão sempre bem-vindas. Mas a quem importa a desestabilização do atleta, que chegou a apagar todas as fotos dele com a camisa do clube? O torcedor inteligente percebeu isso e estava lá no Maracanã.
Os rubro-negros sacaram que a maior chacoalhada em um atleta é depositando-lhe confiança. O dopping legal é esse! Foi então que a Nação resolveu abraçar Isla e mostrar para o mundo que nenhuma rede social substitui o contato real.
Você, que lê esse texto, já se sentiu em algum momento da sua vida um Zé Ninguém? Provavelmente sim. E, é nesse momento que um abraço, um carinho ou uma palavra de incentivo te resgata do poço!
Hoje, 24 mil pessoas reais fizeram isso por Isla. Eu te pergunto: Que torcida é essa?!?