O Repórter

Trazendo os elementos do maracatu, Sossego tenta surpreender na Série A

Por Redação...
22 de fevereiro de 2020 às 23:25
Atualizada em 23 de fevereiro de 2020 às 00:32
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Rafael Max/OReporter.com
A Sossego abriu a segunda noite da Série A
A Sossego abriu a segunda noite da Série A

RIO (OREPORTER.COM*) - A Acadêmicos do Sossego abriu a segunda noite de desfiles da Série A, e trouxe o enredo dos carnavalescos Alex de Oliveira e Marco Antônio Falleiros “Tambores de Olokun”. A Azul e Branco do Largo da Batalha desfilou pela Sapucaí e retratou a travessia do povo de Niterói da Baía da Guanabara rumo à capital, e mostrou ao público a força da batalha em sua raiz para mais uma vez fazer um belo Carnaval.

Em uma saudação às águas, a diretoria e os componentes da escola pediram licença aos ancestrais, e homenagearam o sagrado orixá da nação Nego Egbá. Assim como algumas das escolas do primeiro dia de desfiles, a Acadêmicos do Sossego trouxe para a avenida formas culturais e artísticas brasileiras e enfatizou o cortejo real e o maracatu, movimentos originados pelo sincretismo de religiões africanas que deram origem ao Candomblé.

Respeitosamente a escola mostrou algumas tradições históricas e religiosas da identidade afro-brasileira, com elementos sagrados e profanos, e conseguiu trazer ao Sambódromo do Rio de Janeiro um pedacinho de Pernambuco. A Azul e Branco ergueu o reino do senhor dos mares e fez um desfile cheio de mistérios, mostrando os domínios marítimos, a Sapucaí ficou repleta de tritões, ninfas, conchas e de muitas águas.

Os carnavalescos da escola, apresentaram em seu desfile o grande mar do velho mundo, onde lusitanos, franceses e holandeses desembarcaram em Pernambuco, deitando seus olhos de cobiça sobre o rincão onde aprendeu-se a liberdade: entre flechas e tacapes, facas, fuzis e canhões. O nordeste brasileiro foi exaltado, e a Sossego entrelaçou arte à história, mostrando a luta, a fé e a força desse povo de mãos calejadas que ergueram o nordeste brasileiro.


Acadêmicos do Sossego (Foto: Giancarlo Franco/OReporter.com)

O desfile foi praticamente um cortejo que tomou forma com personagens fascinantes como as damas do paço, os caboclos de pena, os lanceiros reais, príncipes e princesas. Os tambores anunciaram os soberanos e o maracatu tomou conta de toda a Sapucaí. 

A diretoria da escola visou despertar a consciência para os valores culturais afro-brasileiros que pulsam em nossa história. Os tambores do senhor dos mares ressurgiram na cidade do Rio de Janeiro sob a forma de um grupo de percussão e dança, erguendo então, o estandarte da valorização das raízes históricas do maracatu. 

Buscando um inédito acesso ao Grupo Especial, a Acadêmicos do Sossesso buscou mostrar a sua força. Fez um desfile arrojado e com fácil identificação visual. Era possível reconhecer o objetivo de mostrar a formação cultural pernambucana através das tradições vindas da África.

De fato, alguns detalhes deixaram, a desejar, como no segundo carro da escola. Ainda assim, a Sossego pode aparecer como uma possível surpresa na apuração da quarta-feira de cinzas. (*colaboraram Rafael Max e Jaqueline Araújo)


Acadêmicos do Sossego (Foto: Giancarlo Franco/OReporter.com)

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