O Repórter

William Waack diz que não é racista e critica pressão pelo politicamente correto

Por Redação...
14 de janeiro de 2018 às 10:00
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Divulgação
Waack era apresentador do Jornal da Globo
Waack era apresentador do Jornal da Globo

RIO DE JANEIRO (OREPORTER.COM) - O jornalista William Waack quebrou o silêncio e se pronunciou após ter sido dispensado da Rede Globo por causa do vazamento de um vídeo em que aparecia fazendo um comentário considerado como racista. Neste domingo (14), o ex-apresentador do "Jornal da Globo" publicou um artigo no jornal Folha de S. Paulo acerca do assunto.

Waack classificou o tal comentário como uma "piada idiota" e "sem a menor intenção racista, dita em tom de brincadeira, num momento particular".

"Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão", escreveu.

Waack afirmou também que nunca apoiou o racismo e sempre trabalhou para combatê-lo. "Durante toda a minha vida, combati intolerância de qualquer tipo -racial, inclusive-, e minha vida profissional e pessoal é prova eloquente disso",continuou.

O jornalista também questionou a ação de "grupos organizados" que fazem pressão por uma adesão a uma agenda política considerada como politicamente correta.

“Entender esse fenômeno parece estar além da capacidade de empresas da dita 'mídia tradicional'. Julgam que ceder à gritaria dos grupos organizados ajuda a proteger a própria imagem institucional, ignorando que obtêm o resultado inverso (o interesse comercial inerente a essa preocupação me parece legítimo) (...) Por falta de visão estratégica ou covardia, ou ambas, tornam-se reféns das redes mobilizadas, parte delas alinhada com o que 'donos' de outras agendas políticas definem como 'correto'”, criticou.

Waack finalizou dizendo que não cederá a pressões de grupos chamados por ele de "canalhas do linchamento". Ele também agradeceu o apoio de muitas pessoas que entenderam que a tal afirmação não era de cunho racista.

"Aproveito para agradecer o imenso apoio que recebi de muitas pessoas que, mesmo bravas com a piada que fiz, entenderam que disso apenas se tratava, não de uma manifestação racista (...) Tenho 48 anos de profissão. Não haverá gritaria organizada e oportunismo covarde capazes de mudar essa história: não sou racista. Tenho como prova a minha obra, os meus frutos. Eles são a minha verdade e a verdade do que produzi até aqui", completou.

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