CAIRO, EGI (ANSA) - Cinco ministros egípcios apresentaram hoje uma carta de renúncia ao presidente Mohamed Morsi. Os ministros do Turismo, das Relações com o Parlamento, das Telecomunicações, do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos afirmaram que são contrários às políticas do governo e que querem se unir aos manifestantes que ontem protestaram contra o mandatário nas ruas de todo o Egito.
Pelo menos 15 pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas nos tumultos ocorridos durante as manifestações de protesto. Segundo o Ministério da Saúde, as mortes ocorreram nas cidades de Assiut, Kafr el Sheikh, Alexandria, Beni Suef e Fayum. A sede do Cairo da Irmandade Muçulmana, o partido de Morsi, foi assaltada pelos manifestantes que destruíram e saquearam o local e mantiveram um dos membros do partido como refém dentro do prédio. Ele foi libertado várias horas depois graças a ação de alguns habitantes da área e hospitalizado em condições críticas. Segundo as fontes locais ele teria tomado uma facada.
A Frente Nacional de Salvação, a bancada das oposições unificadas, condenou o assalto contra a sede do Cairo da Irmandade Muçulmana. Em um comunicado, o Frente pede aos egípcios de manter o aspecto pacifico das manifestações para pedir a "mudança democrática e novas eleições presidenciais antecipadas". A oposição egípcia pediu aos manifestantes de "permanecer nas estradas até que os pedidos não serão satisfeitos" e lançou um ultimato ao presidente Morsi, exigindo que ele deixe o poder até amanhã as 17h locais (12h no horário de Brasília) e que sejam organizadas eleições presidenciais antecipadas. Segundo o documento publicado no site do grupo oposicionista Tamarod (os rebeldes, na tradução livre) se o mandatário se recusar a aceitar essas condições a partir de amanhã "terá início uma campanha de desobediência civil".
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