Zuckerberg rebate acusações de ex-funcionária sobre Facebook
Fundador disse que é ¨ilógico¨ privilegiar raiva para ter lucro
Por OREPORTER.COM
06 de outubro de 2021 às 11:46
Atualizada em 06 de outubro de 2021 às 11:47
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EPA
Zuckerberg negou as acusações de Hauge ao Senado americano
WASHINGTON(ANSA) - O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, rebateu as acusações feitas pela ex-gerente de produtos da rede social Frances Haugen e disse que é "ilógico" que a raiva seja usada para ter lucro.
Na carta enviada para os empregados, e que foi publicada pelo próprio Zuckerberg em sua página nesta terça-feira (5), o presidente afirmou que "nós nos preocupamos profundamente sobre questões de segurança, bem-estar e saúde mental".
"É difícil acompanhar uma cobertura que representa de maneira errada o nosso trabalho e as nossas motivações. No nível mais básico, acredito que muitos de vocês não reconheçam a falsa imagem da empresa que foi apresentada", afirmou.
Citando as mudanças feitas pelo Facebook ao longo dos últimos anos, Zuckerberg ainda afirmou que "não é verdade" que "nós priorizamos o lucro em detrimento da segurança e do bem-estar" e que "nós ganhamos dinheiro através de publicidade, e os anunciantes têm nos dito de forma constante que não querem seus anúncios próximos de conteúdos ruins ou raivosos".
Sobre a acusação de Haugen de que a rede social sabe que promove graves danos à imagem e à vida de crianças e adolescentes, Zuckerberg disse que é preciso ver essas pesquisas "com a foto completa" e que os resultados foram "tirados de contexto" ao serem vistos individualmente.
No documento, o presidente ainda pediu desculpas pela pane ocorrida na segunda-feira (4), quando o Facebook, o Instagram e o WhatsApp ficaram fora do ar por conta de um erro interno por cerca de sete horas.
O texto publicado por Zuckerberg é uma resposta para Haugen, que forneceu documentos internos para uma série de reportagens do "Wall Street Journal" e que participou de uma audiência em uma comissão do Senado dos Estados Unidos nesta terça-feira.
A ex-funcionária acusou a rede social de "enfraquecer a democracia" e alertou para problemas de segurança nacional porque os produtos "colocam o lucro acima de qualquer coisa".
Ela ainda acusou o Facebook e o Instagram de permitirem a entrada de crianças - a idade mínima é de 13 anos - e de causar sérios distúrbios de saúde dos menores de idade.
Haugen acusou Zuckerberg de ser o principal responsável por tudo que acontece na rede social, já que todas as decisões importantes são deles. Entre essas decisões, estaria o incentivo para que os funcionários permitam conteúdos "de raiva" porque isso dá mais dinheiro para a plataforma.
Em todos os momentos, o Facebook negou as acusações.